sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Exercícios de aquecimento



Simples e fáceis de executar, protegem o coração, preparando-o para o início da actividade mais intensa, bem como as articulações, e evitam contracturas musculares.

Exercício 1
  • Suba e desça os braços, da frente até ao cimo da cabeça. Inspire ao subir e expire ao descer os braços. Repita 10 vezes.

Exercício 2
  • Estique os braços ao lado e faça círculos com eles em ambos os sentidos. Repita 10 vezes em cada sentido.

Exercício 3
  • Caminhe uns metros apoiada apenas na ponta dos pés e depois nos calcanhares. Repita 5 vezes com cada apoio.

Exercício 4
  • De pé, estique uma perna para a frente (flectindo um pouco a outra) e toque na ponta do pé com a mão. Mantenha a posição 10 segundos. Mude de perna.


Artigo publicado em Sapo Saúde. Texto: Fernanda Soares. Revisão científica: Dr. Marcos Miranda (médico do Centro Nacional de Medicina Desportiva e Clínica CUF-Alvalade e membro da direcção da Sociedade Portuguesa de Medicina Desportiva). Responsabilidade editorial e científica da revista Prevenir.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Cortar calorias pode melhor memória


Uma investigação realizada na Alemanha indica que cortar em 30% a ingestão de calorias pode melhorar a memória, segundo notícia divulgada pela edição on-line da BBC Saúde. Na pesquisa, voluntários que tinham em média 60 anos de idade, foram divididos em três grupos. O primeiro seguiu uma dieta normal, o segundo teve um regime semelhante, mas com mais ácidos graxos insaturados (encontrados no azeite de oliva e no peixe, por exemplo), e o terceiro adoptou a dieta com 30% menos calorias.

Depois de três meses, os dois primeiros grupos refizeram testes de memória e os seus resultados foram os mesmos. Já os 50 voluntários do terceiro grupo conseguiram mais pontos após a dieta. Eles também apresentaram outros sinais de melhoria física, com uma queda nos níveis de insulina.

Segundo os cientistas, essas mudanças poderiam explicar o melhor desempenho da memória, ao manter as células cerebrais mais saudáveis.

«As descobertas podem ajudar a desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento para manter a saúde cognitiva até à velhice», disseram os autores da pesquisa num artigo publicado na revista do Proceedings of the National Academy of Sciences.

A investigação aumenta ainda mais o interesse nos possíveis benefícios de dietas de restrição de calorias. Pesquisas recentes com animais tinham sugerido que as dietas podem ajudar a ampliar a longevidade e a retardar o início de doenças relacionadas ao envelhecimento.

Mas ainda não se sabe ao certo se esse seria o caso em humanos e se o corte nas calorias deveria ser ou não «radical». O mecanismo que pode trazer esses benefícios ainda está a ser investigado. Há teorias que defendem que a redução calórica diminuiria a produção dos chamados radicais-livres, que provocam o envelhecimento celular.

Especialistas em nutrição, no entanto, alertam para os riscos de se adoptar uma dieta alimentar sem acompanhamento médico. «Todos - especialmente aqueles que já estão com peso normal ou abaixo do normal - precisam ser extremamente cuidadosos ao tentar fazer uma dieta», disse à BBC uma porta-voz da British Dietetic Association. «Existem outros estudos que mostram que a redução de calorias ou de refeições pode interferir na memória e nas funções cerebrais».


Artigo publicado em Sapo Saúde em 12-02-09

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Porque engordamos?

O nosso peso nem sempre está relacionado com o que comemos. Um mau estar psicológico pode estar por detrás de um aumento de peso

A comida é um refúgio tal como o cigarro, o álcool e a droga, só que é mais aceite que o cigarro, menos prejudicial que o álcool (pelo menos a curto prazo), e certamente não tão reprovável quanto a droga. Um distúrbio psicológico ou um mau estar em geral pode nos levar a comer mais que o necessário.

Recorrer ao alimento é uma das maneiras mais simples e aparentemente gratificantes para anestesiar a ansiedade, o stress, as frustrações e as tensões ocultas. Por conseguinte, todo o comportamento alimentar inadequado é sintoma de um desequilíbrio interior mais profundo e complexo, que provoca em nós um relacionamento magoado pelas nossas emoções, dando início a um círculo vicioso depressão-alimento, difícil de extinguir.

Portanto, se quisermos resultados no emagrecimento e manutenção do peso ideal, temos que realizar uma reflexão profunda. Um dos problemas mais frequentes nas dietas é o emagrece-engorda, que além de prejudicial do ponto de vista estético e da saúde, deixa diversos ginásios e institutos estéticos mais ricos enquanto você fica mais pobre.

Veremos agora alguns factores que podem estar a interferir neste caso:

a) A solidão
O alimento está relacionado com uma vivência emocional muito intensa (fome-desconforto, alimento-prazer). Algumas mães não suportam a angústia da separação de seus filhos. O bebé, inconscientemente, reduz as suas necessidades naturais de explorar o ambiente, e mais tarde diminui as suas actividades e contactos com outros, principalmente quanto ao sexo.

A criança obesa geralmente é desajeitada, superprotegida, e aos poucos transforma-se num adulto passivo, inibido, carente de aprovação e amparo. A consquência é a solidão. Pode também ocorrer em situações ocasionais, como separações, divórcio ou luto na família. O indivíduo estaria tentando a preencher esse vazio com a alimentação.

b) A vulnerabilidade
Em muitos aspectos, os quilos em excesso representam uma concha protectora contra a ansiedade e a ameaça de destruição, dando ao mesmo tempo uma sensação de força. Estas pessoas vivem com uma constante sensação de vulnerabilidade, quando apenas a contribuição energética seria o meio de sanar o problema.

c) O álibi
É quando o indivíduo estrutura um álibi incontestável que o autoriza a evitar situações geradoras de ansiedade e lhe permita escapar ao julgamento dos outros. Isto nada mais é do que medo de não se encontrar à altura dos desafios, de desiludir expectativas e de não suportar confrontos.

d) Problemas relacionados com o sexo
Ao não conseguir gerir as suas próprias emoções, o indivíduo procura evitar o mundo desconhecido e ameaçador dos instintos. Além disso, como forma de defesa, pode estar substituíndo o prazer do sexo pelo da alimentação.

e) A necessidade de espaço
Frequentemente, o aumento de peso está relacionado com o desejo inconsciente de reivindicar o seu próprio espaço, perante a mãe ou o pai que sufocam, ou ao parceiro que invade seu espaço.

f) A necessidade de criar raízes
Seria a necessidade de oferecer resistência, estar mais plantado no chão, aprofundar raízes, resistir aos problemas.

Artigo publicado em Sapo Mulher.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Azeitonas - Dicas para as integrar numa alimentação saudável


Aperitivo ou acompanhamento? Dê um toque fresco e aromático às suas refeições e tire todos os benefícios dos seus ácidos gordos mono-insaturados.

Estes são conhecidos como “gorduras boas”, que ajudam a reduzir o “mau” colesterol (LDL) e manter o “bom” (HDL)!

Integradas numa alimentação nutricional as azeitonas são ainda ricas em água e fibras, que ajudam a manter o organismo hidratado.

Embora façam parte da gastronomia portuguesa há milhares de anos, a maioria das pessoas ainda não descobriu as vantagens de ter as azeitonas por perto:

  1. Sabia que as azeitonas são dos aperitivos mais saudáveis? Seis azeitonas (com 23 gramas de peso) têm menos de metade das calorias de igual peso de amendoins ou cajus (54 kcal. vs. 131 kcal. e 140 kcal., respectivamente).
  2. Conservadas em salmoura (água e sal), as azeitonas são uma alternativa saudável para temperar, em substituição do sal, vilão da hipertensão. Pode-se ainda optar pelas conservadas em azeite, com um teor de sal bastante mais reduzido do que as preservadas em salmoura, dando assim um tempero especial e saudável às refeições.
  3. Adicionar azeitonas às saladas é sinónimo de lhes juntar também muitos antioxidantes (sobretudo vitamina E), que protegem o organismo do ataque dos radicais livres.
  4. Livres de “mau” colesterol e ricas em aromas, as azeitonas podem substituir outros condimentos e molhos nos guisados, estufados…
  5. Integradas numa alimentação nutricional as azeitonas são ainda ricas em água e fibras, que contribuem para o bom funcionamento do aparelho digestivo.

Apesar fazerem parte da gastronomia portuguesa há milhares de anos, a maioria das pessoas ainda não descobriu as vantagens de ter as azeitonas por perto:

  1. Antes de comprar, seja em embalagem ou a granel, verifique se a sua cor é homogénea e se não apresentam defeitos.
  2. Prepare os seus pratos com esta referência: as azeitonas pretas são normalmente doces e as verdes ou de mistura amargas.
  3. Aproveite as azeitonas para dar mais sabor aos seus pratos com arroz ou massa.
  4. Sabia que existem azeitonas conservadas em azeite? Com duas colheres de sopa deste líquido pode temperar outros pratos. Confirme no rótulo do produto
  5. Conserve as azeitonas ao abrigo da luz, de preferência no frigorífico. Assim garante por mais tempo as suas características.


Publicado em Sapo Mulher por Maria Paes Vasconcelos - Nutricionista.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O jantar ideal

À noite, o seu corpo prefere uma refeição ligeira. Faça-lhe a vontade!

Quando não consegue dormir, a melhor opção é, sem dúvida, tentar perceber o que está na origem do problema. A explicação para noites mal dormidas, sabe-se hoje, pode estar ligada à quantidade e qualidade dos alimentos que coloca no prato, especialmente à hora do jantar, e que acabam não só por ter uma forte influência no seu bem-estar como ao nível do seu peso. Se quer ter um sono descansado e controlar os quilos a mais, saiba dizer não aos excessos, seguindo as orientações de Alexandra Bento, nutricionista.

  • Não coma demais ao jantar
    Ouvimos esta frase frequentemente, mas ela acaba por não ser encarada como um conselho importante que deve ser seguido à risca. Para além da questão estética, um jantar leve ajuda, de facto, a reduzir a ingestão e a acumulação de gorduras, a saúde é aqui fundamental.
    Devido ao ritmo acelerado do dia-a-dia, acabamos por adiar o momento de uma boa refeição, esquecemos os pontos fundamentais de uma alimentação saudável e, chegada a hora do jantar, privado de nutrientes, o nosso apetite exacerba-se e o estômago como que implora para que o satisfaçamos. Resultado: abusamos. Nada mais errado, como vai ver...

  • Erro comum
    Beber um iogurte a caminho do emprego, comer à pressa entre reuniões e vingar-se à noite com um mega jantar é meio caminho andado para uma má noite de sono e para o acumular de quilos a mais. De facto, estes comportamentos aliados a uma escolha errada de alimentos podem ter consequências negativas.
    Como explica Alexandra Bento, «o erro mais comum é concentrar as refeições em apenas dois momentos ao longo do dia, principalmente, à hora do jantar». Assim, aquele que deveria ser um momento de tranquilidade e prazer, uma saudável reunião familiar, transforma-se num exagero negativo onde a quantidade supera em muito o critério de qualidade.

  • Consumo vs gasto energético
    «Devemos ter consciência que, depois da hora do jantar, a nossa actividade física é quase nula e todos os alimentos ingeridos não vão usufruir de um metabolismo tão acelerado como em qualquer outro momento do dia», afirma a especialista.
    Por esse motivo, verdadeiros repastos à noite são sinónimos de gorduras a mais. «Uma refeição pesada, o pão com manteiga de entrada e confecções muito elaboradas aliadas a um menor ritmo de actividade conduzem a um inevitável excesso de peso», acrescenta Alexandra Bento.

  • Alimentos a evitar
    Especialmente à noite, refere a nutricionista, «o consumo de gorduras, presentes em alimentos como as carnes gordas, os fumados e as irresistíveis bolachas no final da refeição são totalmente desaconselhados. O mesmo se passa com o sal, um inimigo para o seu bem-estar».
    Também devemos resistir a bebidas alcoólicas, como a cerveja e o vinho, ao café ou chá com cafeína, principalmente se necessita de uma boa noite de sono. «Pelo contrário, deverá preferir alimentos ricos em vitaminas e fibras, como os legumes e a fruta, os quais possuem uma elevada densidade nutricional», aconselha.
    Abóbora, atum, alcachofra, abacate, amêndoas, pêssego, nozes e bananas são alguns dos alimentos que, graças aos nutrientes que oferecem, favorecem o sono. Ingira-os nesta refeição.
  • O prazer da sopa
    Esqueça as batatas fritas, os panados e a perna de peru assada. Ao jantar, a palavra-chave é a sopa. Nesta altura do dia, não deve haver espaço para entradas ou guloseimas.
    O verdadeiro petisco da sua refeição é um bom prato de sopa de legumes, com todos os nutrientes saudáveis para uma noite tranquila e um despertar mais risonho. Segundo a nutricionista, «a sopa é O alimento fundamental, tendo baixo valor calórico e saciando rapidamente os estômago mais exigentes». Se preferir, e ainda que a nível de nutrientes seja menos rica, uma salada é uma boa opção.

    Jantar ideal = 400 calorias(20% do total das cerca de 2000 calorias que devem ser consumidas num dia)
    Esta refeição deve ser idealmente constituída por:
    1 prato de sopa de legumes 100 g a 120 g peixe ou carne grelhada + legumes 1 peça de fruta (caso não tenha ingerido ao longo do dia

Texto: Raquel Pires com Alexandra Bento (presidente da Associação Portuguesa de Nutricionistas). A responsabilidade editorial desta informação é da revista Saber Viver .

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Fique em forma sem gastar dinheiro

Será que o mesmo desporto, quando praticado no ginásio ou ao ar livre, oferece resultados e benefícios idênticos para a saúde? Nós temos esta e outras respostas.

Running - Correr na passadeira vs Correr ao ar livre

A passadeira é muito menos exigente do que a estrada. Talvez seja por isso que os verdadeiros amantes do atletismo e da boa forma física prefiram correr ao ar livre. Até porque as calorias gastas associadas aos treinos fora do ginásio são significativamente maiores. Mas sabia que há atletas que se preparam para maratonas recorrendo muito às passadeiras de ginásio? É que, segundo Pedro Rocha, da Federação Portuguesa de Atletismo, “a passadeira amortece e absorve a pressão efectuada pelo movimento do atleta, ao passo que o asfalto já requer alguns cuidados especiais, tais como a escolha dos ténis para prevenir as tradicionais lesões a nível dos joelhos e tornozelos”.

Ambas as superfícies têm os seus prós e contras, pelo que a melhor opção é aquela onde se sentir mais cómodo e seguro de si. Para Pedro Rocha, a grande diferença reside no facto de que “ao correr na rua está em contacto directo com os elementos da natureza e o tipo de piso permite manter um ritmo rápido e certo, ao passo que ao correr na passadeira tem ao dispôr uma série de informações como a distância, a velocidade, as pulsações e outros dados”. Sem esquecer que é sempre uma boa opção para o treino naqueles dias mais chuvosos ou muito frios”.

  • Vantagens da passadeira: Segurança a qualquer hora do dia. Ausência de flutuações de temperatura. A superfície é mais aconselhável para as articulações.
  • Vantagens de correr ao ar livre: Os pulmões recebem mais ar. O esforço exigido é maior. Existe um maior gasto calórico.

Natação - Mar vs piscina

Antes de mais, ainda que estejamos a falar do mesmo desporto, a natação trabalha diferentes grupos musculares. Se na piscina o esforço recai essencialmente sobre o bíceps braquial, ombros, bíceps femoral e glúteos; em águas abertas o esforço, além dos músculos anteriormente referidos, vai incidir mais na região lombar (devido à flexão do tronco na respiração frontal), pescoço e psoas (o músculo que une a anca com a perna). Mas as diferenças não ficam por aqui. A respiração também tem de ser feita de maneira diferente. Enquanto que na piscina se respira para os lados, em águas abertas já é necessário uma alternância de três ou quatro respirações laterais com uma respiração frontal para poder corrigir a direcção.

João Cavaleiro, coordenador técnico e treinador de triatlo do C.F. “Os Belenenses”, esclarece que na natação em piscina “os atletas sabem a distância de uma parede à outra e orientam-se por uma linha no chão, estando limitados pelas cordas”. Em águas abertas, a situação torna-se mais complicada, pois “não há uma linha no fundo da piscina para seguir, existe ondulação, correntes e diferentes luminosidades. Tudo isto afecta a orientação, sem nos esquecermos que existe o factor da água poder ser doce ou salgada (a densidade influencia a força exercida na água)”.

  • Vantagens de águas abertas: Trabalha mais grupos musculares.
  • Vantagens da piscina: Como a temperatura da água é mais elevada (27 graus em vez dos 20 graus da água do mar no Verão), torna-se mais agradável de praticar nos dias mais frios.


Ciclismo - Bicicleta estática vs Estrada

O interesse deste desporto é mesmo pedalar. Mas não pense que pedalar no ginásio ou na rua é a mesma coisa. “Uma das grandes diferenças é que na rua treina sozinho e no ginásio existe um instrutor a orientar”, esclarece Pedro Pinheiro, professor de Educação Física, instrutor e formador de Indoor Cycling no Ginásio Boa Forma, em Rio Maior. A modalidade indoor, “ao eliminar factores externos (vento ou obstáculos), permite uma maior concentração do que se pedalar ao ar livre e, por outro lado, os factores motivacionais utilizados (música), movimentos (sentado ou em pé, posições das mãos), as técnicas sugeridas pelo instrutor, a velocidade dos pedais e as cargas aplicadas são factores que determinam a intensidade do esforço”. Contudo, se pedalar ao ar livre, “melhora as capacidades motoras coordenativas, como a destreza, equilíbrio, quinestésica, reacção e ritmo”, realça.

  • Vantagens de ciclismo ao ar livre: O contacto com a natureza permite um maior bem-estar psicológico, uma excelente forma de escape ao stress, uma melhor ventilação, um desenvolvimento das defesas do organismo e uma diversão muito maior. Como, teoricamente, necessita de fazer mais pausas, também não sobrecarrega tanto as articulações do joelho.
  • Vantagens do ciclismo indoor: A técnica requerida é mínima, consegue queimar mais calorias e evita alguns contratempos próprios do ciclismo ao ar livre (trânsito, pedras, lama, chuva, etc.).

Máquina elíptica vs Patinagem em linha

Tudo bem que o movimento é diferente, mas ambas as actividades proporcionam a mesma sensação de deslizamento e trabalham de forma idêntica a região inferior. A diferença é que, a não ser que esteja a ler a Men’s Health na ensolarada Califórnia (na longuíssima praia de Venice Beach, o paraíso dos patinadores e, sobretudo, das patinadoras… sempre em biquini), as ruas das principais cidades não costumam estar adaptadas para a prática deste desporto. Uma chamada de atenção: a não ser que seja um verdadeiro expert nesta matéria, não conte queimar muitas calorias.

  • Vantagens da máquina elíptica: É prática, segura e pode treinar independentemente do seu nível atlético. Além disso, pode ser utilizada em qualquer altura do ano.
  • Vantagens da patinagem em linha: A diversão é tanta que até se esquece que está a treinar.

Máquina de step vs Subir escadas

Um dos exercícios preferidos de qualquer treinador de futebol nas famosas pré-epocas é fazer todos os jogadores subirem e descerem a correr os degraus do estádio onde actuam. Mas será que este é realmente um bom exercício? De acordo com Marco Neves, director técnico do GimLine, em Aveiro, “a utilização de uma máquina de step permite uma maior facilidade em monitorizar a intensidade do esforço, controlar a intensidade cardíaca e a possibilidade de poder contar sempre com acompanhamento profissional”. No entanto, se optar por sair do ginásio e utilizar as escadas da rua ou de um estádio, “tem a possibilidade de praticar desporto ao ar livre, o que permite uma maior circulação de ar para os seus pulmões. Acima de tudo, é um método pouco dispendioso e fácil de praticar”. Tudo bem que nem sempre é fácil encontrar uns degraus ou um vão de escadas livre, mas com um pouco de imaginação e força de vontade, não há impossíveis.

  • Vantagens da máquina de step: É segura, prática e pode exercitar-se enquanto vê televisão.
  • Vantagens de subir escadas: Queima mais calorias, trabalha mais os glúteos e aumenta a massa muscular, pois é obrigado a levantar mais as pernas.


Artigo publicado na edição online da revista Men's Health por João Parreira.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Um passeio por dia pode ajudar a melhorar a função cerebral

Investigadores da Universidade de Calgary, no Canadá, descobriram que as mulheres idosas que estão mais em forma fisicamente têm uma melhor função cognitiva.

O estudo, publicado na revista científica internacional “Neurobiology of Aging”, descobriu que a boa forma física ajuda a função cerebral a estar no seu melhor, porque a actividade física beneficia o fluxo sanguíneo no cérebro e, como resultado, ajuda as capacidades cognitivas.

De acordo com o Dr. Marc J. Poulin, ser sedentário é agora considerado como um factor de risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e demência. Este estudo prova, pela primeira vez, que as pessoas que estão em forma têm um melhor fluxo sanguíneo para o cérebro. As descobertas também demonstram que um melhor fluxo sanguíneo cerebral se traduz numa cognição melhorada.

O estudo comparou dois grupos de mulheres de Calgary, com uma média de 65 anos, sendo que algumas participavam em actividades aeróbicas regulares e outras eram inactivas.

Os investigadores descobriam que o grupo activo, em comparação com o inactivo, tinha uma pressão sanguínea arterial em repouso e em exercício 10 por cento mais baixa, respostas vasculares no cérebro 5 por cento mais elevadas, durante o exercício sub-maximal e quando os níveis de dióxido de carbono no sangue estavam elevados, e pontuações de função cognitiva 10 por cento mais elevadas.

O Dr. Poulin sublinhou que algo tão simples como sair todos os dias para dar um passeio é crucial para nos mantermos mentalmente alerta e continuarmos saudáveis à medida que envelhecemos.


Artigo publicado em FARMACIA.COM.PT por Isabel Marques.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Comer a correr pode levar a uma dieta alimentar pobre


Muitas pessoas jovens referem que não têm tempo para se sentarem à mesa para uma refeição, sendo que esta situação pode fazer com que tenham escolhas alimentares pouco saudáveis.

Num inquérito a cerca de 1.700 adultos jovens, os investigadores descobriram que 35 por cento dos homens e 42 por cento das mulheres referiram não ter tempo para se sentarem à hora das refeições.

Estes constrangimentos de tempo também pareceram levá-los a consumirem mais comida de plástico e menos alimentos saudáveis, segundo as descobertas publicadas na “Journal of the American Dietetic Association”.

Os participantes que referiram que normalmente se sentavam para jantar com outras pessoas tendiam a ter melhores dietas no geral, incluindo uma ingestão mais elevada de frutas e vegetais. Contrariamente, aquelas que tinham tendência para comer a correr frequentemente optavam por “fast food” e consumiam quantidades mais elevadas de gorduras saturadas e refrigerantes.

De acordo com a Dra. Nicole I. Larson, da Universidade do Minnesota, em Minneapolis, as descobertas sugerem que é importante arranjar tempo para as refeições e, sempre que for possível, partilhá-las com amigos ou familiares.

Embora uma verdadeira refeição seja dificil de encaixar num dia preenchido, as pessoas devem arranjar tempo para as refeições, como fazem para qualquer outra actividade importante.

A Dra. Larson acrescentou que os colegas e os locais de trabalho podem fazer a sua parte ao providenciar pausas para as refeições, assim como instalações com opções de snacks saudáveis.

Quando não existe outra opção, senão comer a correr, a Dra. Larson recomenda procurar alimentos saudáveis em vez de comida de plástico. Frutos frescos ou secos, vegetais pré-lavados embalados, bolachas integrais são algumas escolhas convenientes e saudáveis.


Artigo publicado em FARMACIA.COM.PT por Isabel Marques

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Falta de sono aumenta risco de constipações

Investigadores norte-americanos afirmam que quanto menos uma pessoa dorme, maior é a probabilidade de apanhar uma constipação

O estudo descobriu que as pessoas que dormiam menos de 7 horas por noite aparentavam ter uma probabilidade 3 vezes superior de desenvolver doenças respiratórias seguidas à exposição do vírus da constipação, comparativamente aos que dormiam 8 horas ou mais.

A equipa de investigadores estudou 153 homens e mulheres saudáveis, com uma média de idades de 37 anos, entre 2000 e 2004. Os participantes eram entrevistados individualmente todos os dias durante duas semanas, afirmando o número de horas que dormiam por noite, qual a percentagem de tempo que passavam na cama a dormir, e qual passavam a descansar.

Posteriormente eram colocadas em quarentena e administradas com gotas nasais causadoras do vírus da constipação rhinovirus. Durante 5 dias os participantes revelaram sinais e sintomas de doença, e tinham amostras de muco nasal colhidas para posterior análise. Após o período de 28 dias eram submetidos a uma análise de sangue de forma a testar as respostas dos anticorpos ao vírus.

Uma eficácia reduzida de sono (percentagem de tempo passada na cama a dormir) foi associada ao desenvolvimento da constipação. Os participantes que passavam menos de 92% do seu tempo na cama a dormir tinham uma probabilidade 5 vezes e meia superior de ficarem doentes comparativamente aos que tinham uma eficácia de 98% ou mais.


Artigo publicado em FARMACIA.COM.PT por Pedro Santos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Vida social activa protege contra demência


Um estudo sueco revela que manter uma vida social activa e ter uma personalidade relaxada diminuem em metade o risco de demência

O estudo foi efectuado por uma equipa de investigadores suecos, afirmando que as pessoas activas socialmente não cediam facilmente ao stress, e tinham menos 50% de risco de desenvolver demência comparativamente às pessoas que viviam mais isoladas e tinham tendência para o stress.

“No passado, estudos demonstraram que perturbações crónicas podem afectar partes do cérebro, como o hipocampo, possivelmente levando à demência”, afirmou Hui-Xin Wang do Karolinska Institute da Suécia, que conduziu o estudo.
“Mas as nossas descobertas sugerem que ter uma personalidade calma e relaxada, em combinação com um estilo de vida socialmente activo, pode fazer diminuir ainda mais o risco de desenvolver demência”, acrescentou a investigadora.

Estima-se que cerca de 24 milhões de pessoas a nível mundial tenham perda de memória, problemas de orientação e outros sintomas característicos da doença de Alzheimer e de outras formas de demência.
Os investigadores acreditam que o número de pessoas com demência pode quadruplicar em 2040, sendo por isso fundamental compreender melhor esta condição.

O estudo sueco envolveu 506 idosos que não tinham demência quando foram examinados pela primeira vez. Os voluntários realizaram questionários sobre os seus traços de personalidade e estilos de vida, tendo posteriormente sido acompanhados durante seis anos.

Ao longo desse tempo, 144 pessoas desenvolveram demência, com os homens e mulheres socialmente activos e menos stressados a revelarem metade da probabilidade de serem diagnosticados com essa condição.

“A boa notícia é que o estilo de vida pode ser modificado, ao contrário de factores genéticos, que não podem ser controlados”, sublinhou Wang. “Mas isto são resultados preliminares, por isso não é claro exactamente como é que a atitude mental influencia o risco de demência”, concluiu a investigadora.


Artigo publicado em FARMACIA.COM.PT por Pedro Santos

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Dieta baixa em carboidratos queima mais excesso de gordura no fígado


Investigadores norte-americanos revelaram que as pessoas que seguem dietas baixas em hidratos de carbono queimam mais excesso de gordura no fígado para produzir energia, em comparação com aquelas que consomem dietas baixas em calorias.

O Dr. Jeffrey Browning, do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas, em Dallas, referiu que as descobertas, publicadas na “Hepatology”, podem ter implicações no tratamento da obesidade e das doenças relacionadas, como a diabetes, a resistência à insulina ou o fígado gordo não alcoólico.

O investigador referiu que, em vez de se olhar para os fármacos para combater a obesidade e as doenças que dela advêm, talvez optimizar as dietas possa não só gerir e tratar estas doenças, como também preveni-las.

Os investigadores distribuíram aleatoriamente 14 adultos obesos ou com excesso de peso por uma dieta baixa em hidratos de carbono ou por uma dieta baixa em calorias e monitorizaram sete indivíduos magros numa dieta normal.

Após duas semanas, os investigadores utilizaram técnicas avançadas de processamento de imagem para analisar os diferentes métodos, ou caminhos bioquímicos, que os participantes utilizaram para produzir glicose.

Os investigadores descobriram que os participantes do grupo da dieta baixa em hidratos de carbono produziram mais glicose a partir de aminoácidos ou de lactato do que os do grupo da dieta baixa em calorias.

As pessoas que seguiram a dieta baixa em calorias receberam cerca de 40 por cento da sua glicose a partir do glicogénio, ou seja, hidratos de carbono ingeridos e armazenados no fígado até que o organismo precise deles.

Contudo, os que seguiram a dieta baixa em hidratos de carbono retiraram apenas 20 por cento da sua glicose do glicogénio. Estes participantes queimaram gordura do fígado para produzir energia, em vez de procurarem nas suas reservas de glicogénio.


Publicado em FARMACIA.COM.PT por Isabel Marques.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Actividade física durante o frio previne o aumento das varizes

A exposição a fontes de calor intensas, como o aquecimento elevado, os focos de calor próximos ou o calor proveniente do solo, associada à inactividade física, favorece o aparecimento ou o agravamento dos transtornos relacionados com a Insuficiência Venosa Crónica em pessoas que têm varizes.

Contudo, a descida brusca das temperaturas pode ampliar a necessidade de aumentar a actividade física das pessoas de forma a gerar calor. De acordo com o Dr. Rodrigo Rial, do Capítulo Espanhol de Flebologia, esse exercício físico, associado ao frio, repercute-se de forma positiva na prevenção do aparecimento de incómodos relacionados com as varizes e a insuficiência venosa.

Assim, ainda que de forma indirecta, uma abordagem adequada à queda das temperaturas beneficia a saúde venosa.

Durante os meses de Inverno, os sintomas da insuficiência venosa e as varizes melhoram de uma forma geral, uma vez que as veias se encontram menos dilatadas. Contudo, existe a possibilidade de se fazer frente ao frio intenso de uma forma passiva, sendo que essa atitude sedentária repercute-se de modo negativo na saúde venosa.

No caso das pessoas idosas, mais propensas a adoptar esta atitude, é necessário incidir na necessidade de se movimentarem para activar a circulação e evitar complicações.

Caminhar diariamente é um factor chave na prevenção desta doença, em qualquer época do ano e em qualquer idade.

O tipo de vestuário, cuja variação também está associada às oscilações das temperaturas, apresenta-se igualmente como um componente preventivo. Os peritos recomendam a utilização de roupa cómoda, larga, suave e ventilada. As cintas e as ligas, cuja utilização aumenta nas pessoas mais idosas com a chegada do frio, dificultam a circulação, o mesmo acontecendo com as meias de compressão inadequadas.

O Capítulo Espanhol de Flebologia adverte que, nestas alturas de frio, recorrer de forma incorrecta a fontes de calor (lareiras, calor elevado, etc) favorece a dilatação venosa que, juntamente com o sedentarismo e a atitude passiva, aumenta de forma considerável os sintomas de Insuficiência Venosa.

Outra consequência, associada ao frio ambiental, é o aumento do consumo de calorias na dieta, que pode levar a um aumento de peso se não estiver associado ao exercício físico, e que deve ser evitado pelas pessoas portadoras de problemas venosos ou com edema nas pernas devido à idade.


Artigo publicado em Farmacia.com.pt por Isabel Marques.